sábado, 26 de fevereiro de 2011

TP 2 – Análise linguística e análise literária

PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA

OFICINA: 010/2009
DATA: 12 de novembro de 2009
MINISTRANTES: Francineide Ferreira de Morais / Rosa Lúcia Vieira Souza / Rosilda Maria Silva

TP 2 – Análise linguística e análise literária
Un 5 – Gramática: seus vários sentidos
Un 6 – A frase e sua organização
Un 7 – A arte: formas e função
Un 8 – Linguagem figurada

OBJETIVOS

*        Abordar as análises linguísticas e.literárias.

ROTEIRO

   
.
1ª ETAPA
·    Leitura e análise do texto “Linguística e ensino da língua.

2ª ETAPA
Ø  Sistematização dos conceitos de intertextualidade:
-          Paródia;
-          Paráfrase;
-          Pastiche;
-          Plágio.

4ª ETAPA
Ø  Leitura e análise de textos (várias versões da Canção do Exílio), tirinha e texto publicitário.
Ø  Leitura e análise de textos - várias versões do texto “A bailarina”, identificando a paródia e paráfrase.

3ª ETAPA
      Leitura e análise do Avançando na Prática (p. 36 - 40/Un1; p.117-118/Un2; p.144/UN3).
·          Socialização do Avançando na Prática do TP 3.



ANTOLOGIA POÉTICA




Canção do exílio


Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.

Coimbra, julho, 1843.

DIAS, Gonçalves. In Poemas de Gonçalves                                
Dias, Rio de Janeiro, Tecnoprint, s/d. pp.27-28.


Canção do exílio


Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
São pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
os sururus em família tem por testemunha  a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

                MENDES, Murilo. In O menino experimental,
                2ª ed., São Paulo: Summus, 1979, p.31.





Canção do exílio facilitada


lá?

ah!

sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá...

cá?
bah!

                PAES, José Paulo, in Um por todos,
                São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 67.



Canto de regresso à pátria


Minha terra tem palmares
Onde gorgeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os dela

Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo


ANDRADE, Oswald. In Moisés Massaud. A literatura Brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971, pp. 372-373.













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